segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Escambo 73



Caros amigos, nada como começar o ano com um presente! Sendo assim, que tal dois presentes?

Vamos retomar nosso Escambo?
Aqui, dois livros de poesia: Cassiano Ricardo - Vamos caçar papagaios e uma Coletânea da Academia de Letras de Lorena - só feras!

É isso, desejo um novo ano cheio de paz e bem!
Nosso Escambo ao primeiro comentário, como sempre...

Abraços, 

Sônia Gabriel



domingo, 30 de dezembro de 2012

Um cordel pra Sônia Gabriel - Zenilda Lua





"Fiz uns versinhos para uma criatura preciosa."
Arte da capa, diagramação e acertos técnicos de Réginaldo Poeta.
São José dos Campos - 2012.


Como pode ser tão múltipla
risonha, inquieta e faceira
cavoucadeira de feitos
pesquisadora certeira
professora, esposa e mãe
amiga mulher-rendeira

Em gestão de qualidade
ela se pós-graduou
deu aula em muitas escolas
e faz isso com amor
é mestra em várias pesquisas
é convidada efetiva de rei, poeta e doutor

Se expressa como ninguém
fala bem como ela só
conhece toda cultura
do Vale ao cafundó
Essa é Sônia Gabriel
brilhante mais que o sol

Escreve crônicas belíssimas
pra tudo que é Jornal
participa de palestra
quermesse, missa, sarau
seminários, lançamentos
cantoria, casamento, formatura e recital

andou descobrindo o Vale
os seus Mistérios e valia
foi tema de samba enredo
muito ritmo e alegria
também pertence ao IEV
e diversas antologias

Conhece tudo daqui
malassombro, cerração
cidades e escritores
costumes, mitos, primores
lendas, memórias, valores
cânticos, causos e devoção

Adora o Rio Paraíba
D. Lili Figureira
D. Ruth Guimarães
e toda essa gente arteira
que enfeita a região
labor, arte e brincadeira

Finalizo esse cordel
chamando minha menina
meu 'grãozim' de gente boa
que também muito lhe estima
que estas flores compensem
minha fraqueza de rima

Sônia, que Deus lhe proteja
ilumine e cuide bem
junto com suas famílias
e seus amigos também
que todo o êxito floresça
por tuas estradas e além...

marmota irmã e amiga
mestra preferida e fã
parceira de peraltice
pão de queijo e hortelã
estradinha de remédios
flor de ipê e flamboyant...


Zenilda Lua


Zenilda Lua, poetando! Quanta honra! Quanta alegria eu senti, uma poeta tão festejada, ali, declamando o cordel que fez para mim. Meu coração foi tomado de sentimento que tão cedo não saberei descrever. Obrigada, Moça das Saias Coloridas! 


Guardarei para sempre...
Sônia Gabriel



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

I Escambo Ecocultura - 2012




Estamos fazendo um convite que nasceu da prosa com uma jovem escritora, Úrsula.
Ela comentou que seria muito bom se pudéssemos trocar nossos livros por livros de outros autores do Vale,
e, assim, ampliar nossas leituras.
Sendo assim, o Instituto Ecocultura convida para nosso primeiro escambo.
Este, de livros!

Venham... Esperamos por vocês!
Forte abraço,
Sônia Gabriel, Zenilda Lua e Pércila Márcia.


Este povo sempre disposto, obrigada...


Moacyr Pinto e Paulo Barja.

Pércila, Zenilda (trazendo livros de tantos talentos), eu e Paulo.






terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Coluna Crônica Jornal de Caçapava: Os Santos que Andavam - Mistérios do Vale.



  (Jornal de Caçapava, 23 de novembro de 2012.)


      Segundo os caiçaras mais antigos da cidade de Caraguatatuba, por lá, Santo Antônio e São Benedito gostavam de caminhar. Numa dessas charmosas vilas, à hora que os pescadores dormem, pois suas madrugadas passam muito rápidas e o mar chama para a labuta, Santo Antônio e São Benedito descem de seus altares e saem a peregrinar.

     O povo sabia das caminhadas dos santos, pois as devotas que lhes limpavam, deixavam o altar sempre bem disposto, e não é que virava e mexia, elas encontravam os pés deles cheios de areia? Mas ninguém fazia conta, achava era muita graça. Só que a festa durou pouco, quando chegou novo sacerdote na vila, as histórias dos passeadores logo lhe alcançaram os ouvidos. O padre que benzia, com água benta a mula que lhe servia, não pensou nem uma vez. Mandou pegar os dois santinhos e tacou fogo.

    Enquanto o fogo consumia os pobrezinhos dos santinhos, o padre foi enlouquecendo, corria e pulava pela rua sem que ninguém pudesse segurar. O homem nunca mais ficou são, tiveram que levar embora. Dos santos que gostavam de caminhar só sobraram as histórias.

     Sônia Gabriel