sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Coluna Crônica Jornal de Caçapava: Coleção de Velhas.

                     
(Jornal de Caçapava, 23 de dezembro de 2011.)

Muitas mulheres velhas (no tempo em que esta palavra não era ofensa) foram forja de meus olhos e entendimento. O talentoso valeparaibano Brito Broca, no livro Memórias, nos delicia com uma passagem onde relata suas visitas a uma fazenda em que se tinha uma verdadeira “coleção de velhas” (dele emprestei este título). Bons tempos aqueles em que as mulheres não fugiam da idade. Não se pretendia ser jovem para sempre, muito menos estabelecer competição com as mulheres mais novas. Moças eram moças, senhoras eram senhoras. E me parece que não se pode fugir, nem se deveria, da beleza que os anos trazem.
Não é necessário duelar com o tempo para continuar vivendo. A vida só acaba, oras, quando acaba. Há alguns dias, assisti a um comentário, na televisão, em que um psicólogo (perdoem meu esquecimento do nome), muito bem por sinal, explanava sobre essa dificuldade que as pessoas mais maduras andam desenvolvendo de não aceitar o tempo, de disputarem o palco com os mais jovens como se apenas o palco existisse, como se não fosse necessária a experiência por trás das cortinas, como se a coxia também não fosse encantada, na verdade todo o restante do teatro da vida.
Também tenho minha coleção de velhas. Aí de mim, se não fossem elas!
Até o final da infância, eu tinha medo de pessoas mais velhas. Não podia ver um idoso que corria de medo, chorava desarvorada, me escondia atrás das saias maternas. Era um vexame. Ainda hoje, não sei qual o motivo dessa reação, pois adorava meus avôs, que não eram mocinhos. Mas, todos os outros idosos, eram motivo para a tragédia infantil. Jamais me esquecerei da velha que me causou medo, se não me engano seu nome era Geralda, a pobre se enroscou em um arame, tentando atravessar uma cerca, e aquela cena me causou tamanho espanto, que ainda hoje lhe recordo os detalhes do choro envelhecido e triste.
Muitas outras velhas povoaram minha imaginação, meu entendimento da vida: as velhas que me geraram; a velha que quase me apresentou para a morte (ainda bem que era ruim de previsões); a velha rancorosa, de quem faço questão de esquecer os conselhos que nunca solicitei; a velha que me deu lições, todas muito proveitosas e que saudade sinto de nossas conversas mansas, tão cheias de verdade; a velha que largou o marido, uma história que ainda conseguirei escrever.
Não podemos permitir que a velhice nos espante, precisamos conhecer a extrema maturidade, os mais jovens precisam dos que já passaram pelo caminho, como eu seria se um dia não tivesse compartilhado com a velha que me deu livros e enfeites de Natal? Como não ter escrito a crônica sobre a velha na janela?
Como lamento não ter me preocupado mais com o tempo vazio e por isso ter passado por mim a velha que não conheci. Às vezes, penso no valor do que posso ter perdido, me resta aprender as lições, viver, saborear os aprendizados dessas mulheres que viveram muito, que se importaram com meus olhos curiosos, que não permitiram que eu, na velhice, ficasse como a velha só, sentada no banco da calçada, cuja visão apocalíptica tanta tristeza me trouxe aos olhos.  Devo ao tempo vivido, com sabores e dissabores, a sabedoria e a velha que espero ser.

Sônia Gabriel

Escambo 55 - Para começar bem o novo ano!



Caros amigos, nosso ESCAMBO da vez é o 
documentário Hoje é o nosso dia! No claro de maio: Congada de Ilhabela na festa de São Benedito.
Para o primeiro recado!


Saiba mais sobre o documentário e sobre o trabalho de seus realizadores, Pércila Márcia, Roberto Munholi e Fábio Ramos, no: http://ecoculturainstituto.blogspot.com/

Paz e bem!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Imagens do Lançamento do livro de Alberto Ikeda




Caros amigos, segue link do CECP para as fotos do lançamento do livro Folia de Reis, sambas do povo, do professor Alberto Ikeda. Foi um momento muito especial. Confiram! 


http://www.flickr.com/photos/66041480@N05/6537626747/in/photostream/



Piquete - Vale a pena conhecer




Saiba mais sobre a cidade de Piquete e sua gente.
Muito interessante e bem feito.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Presente para Conceição Molinaro...



Querida Conceição Molinaro, desta vez, Emília foi viver aventuras em Nossa Senhora do Bom Conselho (antigo quilombo de Papacaça), em Pernambuco.  A danadinha aprontou até, ela ainda passeou pela Bahia, Minas Gerais, atravessou o rio São Francisco, curtiu Sergipe e Alagoas. Gostou da praia e amou o sertão. E, ainda, visitou Jorge Amado, pode?
As crônicas estão nascendo, as fotos são um presente para você, de quem me lembrei com muito carinho.
Paz e bem!
Sônia Gabriel


Olá, Conceição!


Estávamos aqui, Ermida de Santa Therezinha.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Jornal O Vale - 25 de dezembro de 2011.



Quando recebi o convite para escrever sobre o Natal para o caderno, sua editora, Lucimara Nascimento, estava me dando um presente, só não imaginei que seria um presente tão especial, que iria me emocionar tanto. Foi um dos mais lindos presentes de Natal que recebi. Agradeço comovida.
Paz e bem!
Sônia Gabriel


Caderno Viver - Jornal O Vale
25/12/2011

Sônia Gabriel
Especial para O VALE


No Vale do Rio Paraíba, no grotão mais distante, na casinha bucólica, no quarto da parteira, dentro da caixa tecida com palha de bananeira, pois banana é alimento abençoado, não há quintal onde uma bananeira não vingue, está a pele desgastada da gambá que morreu de velhice. Enrolada com cerimônia e respeito.

A velha senhora a acolhe nas mãos com reverência, a abriga entre o tecido branco de linho e deposita no embornal junto à tesoura antiga e o carretel de linha grossa.
Sai apressada, com passos seguros que desafiam sua muita idade.

Na porteira, Francisco já espera angustiado, a mulher sobe lépida na charrete e faz sinal com a mão para seguir.

Depois de quase hora de caminho, a casa da parturiente é avistada. Francisco entra apressado e avisa que a parteira está pronta, a mulher deitada na cama, suando e gemendo baixinho suas dores de mais um parto, sorri como quem diz que quem precisa estar pronta é ela.

O homem, desajeitado com aquilo em que não pode nada, abre caminho para a velha aparadeira.

As crianças, somando meia dúzia, numa escadinha, desafiam o medo e vigiam atrás da porta o mistério que está para se desvendar.

Esperam para verem a criança sair, mais um irmão. Será homem? Será mulher? Mais escuro? Mais clarinho?

Aparece outro adulto que espaventa com todos dali, já não bastasse a delicadeza do momento e ainda menino em penca atrapalhando o caminho. São corridos para outro cômodo da casa.

Lá, o pai Francisco os acolhe, finge calma e aconchega as crianças cada qual num canto. Os gemidos da mãe enchem os cômodos singelos e o tempo passa devagarzinho.

No cantinho do cômodo, na pequena mesa, um cenário comovente reúne vacas, bois, galinhas, ovelhas, camelos, burros, pastores e anjos. Maria e José olham encantados para uma manjedoura vazia, à espera do menino que dali a alguns dias nascerá. Pertinho dos sagrados pais uma pequenina figura da gambá. Ela tem lugar de honra.

Contam as mulheres mais velhas, que quando Nossa Senhora teve o menino, o leite não descia e a criança chorava de fome. A gambá, que tinha parido há poucos dias, apressou-se a oferecer de seu leite para Maria alimentar o filho. Nossa Senhora ficou muito comovida com a oferta, mas seu lado humano teve nojo do leite da gambá.

Recusou a oferta, mas recompensou a generosidade daquela amorosa mãe: desde então a gambá não sente as dores do parto.

O parto se alonga e a parteira revela o rosto enrugado, fazendo sinal chamando o pai. Francisco se levanta, ruma para o quarto e se aproxima da cama, a parteira então lhe toma a mão e junto a sua o ensina a abrir a pele da gambá, eles a esticam sobre o ventre angustiado da mulher que chama por Nossa Senhora do Bom Parto.

O homem reza baixinho, a mulher vai sossegando, o corpo se abre sem dor e a criança nasce. A velha aparadeira cumpre, mais uma vez, seu ofício divino.

No cômodo ao lado, as crianças ouvem o silêncio interrompido por choro inaugural, forte, urgente, saudável. Tal qual o cenário montado na mesinha de canto, o Natal se faz. Sim, porque é Natal cada vez que nasce uma criança.



sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal - Instituto Ecocultura


Agradecemos a todos os amigos parceiros
por acreditarem que juntos somos melhores e podemos realizar muito mais,
construindo percursos que nos permitem reconhecer nosso lugar no Mundo.

Instituto Ecocultura de Educação Patrimonial
Fábio Ramos / Pércila Márcia / Roberto Munholi / Sônia Gabriel

www.ecocultura.org.br
http://ecoculturainstituto.blogspot.com/




Fiandeiras da Palavra - Parque da Cidade



Em novembro, fui com as crianças assistir ao espetáculo das Fiandeiras da Palavra. Meu presente de Natal para essas moças talentosas são essas imagens.


E, sem dúvida, foi para mim um grande presente, conviver e conhecer um pouco mais desse trabalho competente e encantado.


Cíntia, Flávia e Cristiane, que a iluminação esteja sempre com vocês.


A fantasia as envolva.


A alegria as alimente.


E os mistérios (todos) se revelem.
Sejam felizes!
Muito sucesso, com gratidão e admiração,

Sônia Gabriel


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Escambo 54 - Especial de Natal


Já saiu nosso ESCAMBO, quem levou foi a Dicéia, confiram nos recados! Nossa rápida amiga vai se apaixonar por Eugênia Sereno. Feliz Natal, Dicéia!  Não deixe de contar suas impressões.
Paz e bem!

Sônia Gabriel

Escambo 53 - Especial de Natal




Caros amigos, não disse que faria um ESCAMBO especial para o Natal? Encontrei em um sebo este exemplar de O Pássaro da Escuridão, de Eugênia Sereno. Fiz um pacote de presente: A Menina dos Vagalumes acompanhará. Assim, quem levar, poderá ler as duas obras. Claro que a obra de Eugênia Sereno precisa ser lida, só assim para desvendar sua vida e sua literatura.
Esta é minha maneira singela de agradecer pelo ano maravilhoso, pelos amigos e pelas graças de saúde, família, paz e trabalho.
Paz e bem para todos!

Quem leva?

Sônia Gabriel


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Coluna Crônica Jornal de Caçapava: Eternas lembranças e sentença.


(Jornal de Caçapava, 09 de dezembro de 2011.)


 Meu pai contava histórias. Pedro Malazartes, Festa no céu, A moça que virou bicho; tinha aquelas incríveis histórias sobre as assombrações de São João do Manteninha e algumas histórias da Bíblia. Para nos divertir, falava muito do tempo em que os bichos também falavam. Tocava gaita, sanfona e violão. Cantava Roberto Carlos, e, as músicas que aprendia no programa do Geraldo Meirelles. Canta Viola.
Minha mãe nos ensinou a rezar, o rosário era companhia constante, mas (Deus me perdoe) preferia ouvir as histórias de meu pai, eram mais emocionantes. Que pecado! Eu era terrível. Como pensar algo assim? Ficava com medo e ia correndo rezar. Hoje, matutando bem, acho que Nossa Senhora devia achar graça, isso sim (Deus me perdoe de novo). Fui criança, também, amém.
De todas essas lembranças, sempre recordo a história da Velha que de tão solitária pediu a Deus que lhe desse companhia, nem que fossem indesejáveis e assim nasceram todos os insetos do mundo. Boa resposta de pai para sossegar crianças curiosas. Ele terminava sempre com aquela moral de que devemos respeitar e agradecer até pelos insetos. E vejam só, tantas vezes me pego perseguindo os pobres com a ponta do aspirador.
Sentimos-nos invadidos pelos repulsivos visitantes. Ninguém aceita uma teia de aranha em casa, onde já se viu, matamos até abelhas. Filosofei sobre essas eternas lembranças e senti a gostosa melancolia do tempo que passou e foi feliz; o aspirador na mão, retirando a incômoda poeira; envergonhei-me dos assassinatos cometidos contra tantos insetos, refleti sobre a importância de cada ser vivente, cheguei a me constranger com aquele cabo imenso do aspirador contra a pobre aranha cumprindo seu destino.
Ensaiei um movimento de recuo, e aí chegou ela, aborrecida, fazendo beicinho, chorando, coçando a picada já inchando sua frágil e alva pele de pequenina. Pede pomada. Aconteceu, mirei na trabalhadora tecendo e rompi seu destino. Só agora penso, apenas penso sob o cheio enjoado do inseticida.


Sônia Gabriel

  

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Coluna Crônica Jornal de Caçapava: Antigos modos.



( Jornal de Caçapava, 02 de dezembro de 2011.)    
                         
O telefone tocou, atendi, era minha mãe. “Benção, mãe.” Principiei a conversa, tem sido assim a vida inteira. Os espectadores diminuíram os ruídos inverossímeis que externavam, não me perguntaram nada, mas eu soube qual era a indagação. Assim ficou. Não foi a primeira vez que ocorria o acontecido, alterando-se apenas plateia e cenário.
O curioso é que passados alguns dias, o telefone tocou, mesma sala, quase os mesmos espectadores. Atendi, era meu filho e lhe respondi: “Deus lhe abençoe, meu filho”. Desta vez as perguntas não faltaram. Um dizia que era lindo, que há muito tempo não via um filho que pedisse a benção. Outros, já pedindo desculpas, questionando que não somos nada para abençoar alguém, e mais algumas considerações que quase todos nós já ouvimos quando praticamos algum comportamento considerado antigo.
É isso, no final do pseudodebate, do qual eu apenas fui ouvinte (sorria de vez em quando, achando graça e apenas), chegaram à conclusão que esses são modos antigos, que não refletem realmente respeito. Que seja.
Depois, como tenho costume, no calor das discussões jamais se pensa nada de verdade, fiquei confabulando comigo.
Teci, como latina Ariadne, minhas considerações. Muitos dos avaliados antigos costumes têm lá seu valor. Pedir a benção aos pais, ou solicitá-la a Deus para aquele que lhe estende a mão, não me parece nocivo. Mais nocivo para nossa vida social é que alguns costumes estão se tornando antigos, por exemplo ceder a vez; pedir licença; ouvir antes de falar; sorrir aos que lhe solicitam, mesmo que não possa atender; dizer obrigado, mesmo que quem lhe atenda o faça por obrigação; abrir uma porta; auxiliar com as sacolas e pacotes; elogiar uma atenção...
Continuo acreditando no equilíbrio como a melhor opção para nosso crescimento como seres humanos e para a convivência. Nem tudo o que já fomos merece ser depreciado, nem tudo o que somos tem tanto valor.

Sônia Gabriel


Coluna Crônica Jornal de Caçapava: Prosa boa e prosa ruim.


 (Jornal de Caçapava, 25 de novembro de 2011.)


Ruindade é uma coisa estranha, bizarra. Enreda seu praticante de tal maneira que ele perde a dimensão da realidade, com o tempo tende a se deformar até nas expressões faciais, tal qual está deformado o caráter. Tem mais, deve dar uma canseira! Estava massacrando o pensamento com tais considerações de tanto assistir personagens de forte inclinação para coisa ruim.

Fazia tempo que andava a prestar atenção nas ruindadezinhas cotidianas de alguns protagonistas. Estava cansada só de ver. De tanto assistir, achando que não era problema meu, pois quem bate palma para louco dançar, tem mais é que valsar junto, comecei a rascunhar uma lista de maldades. Coisa rápida, que não tomava mais que dois segundos. Via a flechada, rabiscava, ia uma lambada, outro rabisco.
Credo! Nesta semana, faxina na agenda e achei as anotações food e parei para pensar um bocadinho na inusitada função de ter certeza que o outro está sofrendo. Como é importante para algumas pessoas que o outro sofra. Tem gente que só consegue ser amigo de quem está padecendo, só consegue compartilhar da dor, sente-se importante por achar que sofre menos, o menos do outro alimenta ser um tantinho mais seu menos não considerado.
É muito intrigante como alguns amigos diante de momentos de alegria, de sucesso, de realização do outro, desaparecem. E vem aquela máxima, quase franciscana, de que “agora você já não precisa de mim, preciso cuidar de outros que necessitam”. É no mínimo estranho. Qual a dificuldade de compartilhar também da alegria?
Alimentar o sofrimento alheio é de profunda crueldade. Instigar para que o outro sofra apenas mais alguns dias só para se ter utilidade de existência é patológico. Não preciso de especialização em psicologia para saber disso. A valorização do sofrimento como forma de autoconhecimento foi a mais recente que ouvi. Não há dúvidas de que aprendemos muito com as dificuldades, tanto quanto com as vitórias e alegrias, aliás, nossa existência neste mundo pauta pela aprendizagem. Creio. Não poderíamos vivenciar tanto se não fosse para aprender, para crescer, para ir ao encontro da sabedoria. De que valeria tanto estudo, tanta busca, tanta vivência se fosse apenas e exclusivamente para esperar a morte chegar? A grande lição é a própria vida.
A vida  nos observa tomar direções, escolher, acertar, errar, vencer, perder, sorrir e chorar. Nós construímos e de nossa construção interferimos diretamente nas construções alheias, o contrário também é fato. Convivemos. Nossas ações não são impunes, elas pesam tanto quanto notamos pesar a de nossos semelhantes. Ainda acredito, como acreditava antes dos vinte anos, e cheguei a escrever em caderninho de moça que o que se leva de aprendizado da nossa existência não é a quantidade de obras magníficas que podemos, em todos os sentidos e imaginação, edificar, mas a menor quantidade possível de mal que podemos gerar, incentivar, compactuar. Essa pode ser a melhor de nossas ações, ser útil é simples. Tentar ser bom dá menos trabalho, se pensarmos pela lei do menor esforço – quando nenhuma outra consideração atender nosso ego.
É verdade, observe, veja como deve dar trabalho ser negativo, fazer maldades, mentir... Eu me canso só de imaginar. Ter que pensar em desculpas, tentar não esquecer a mentirada que já pronunciou, ficar fazendo esforço para que o alvo da mentira um não tenha contato como o alvo da mentira dois e assim, não cruzem informações. Ainda viver considerando a possibilidade de ser desmascarado... Ufa! Não disse, já estamos todos exaustos só de pensar! Por que perder tempo fazendo, então?
Boas ações para todos nós! Nada de extraordinário, nada de maravilhoso, nada de melhor que todo mundo, nada de ninguém fez antes e nem poderá fazer melhor; apenas possíveis, singelas, discretas e reais boas ações para todos nós. As que nos fizerem bem e se boas aos outros também, melhor para todos.

Sônia Gabriel