quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Um pouco de Sergipe...
A passagem por lá tem cheiro de biscoito, talvez devido fábricas próximas. O cheiro adocicado impregna no ar e sabemos por onde estamos passando.
Aracaju
Paisagem característica é um alento depois de tantas áreas mais secas que avistamos.
Para matar a sede de ver.
Para matar a fome de estômago e da alma de quem tanto nos escreveu e descreveu.
Para aplacar o calor de nossa indignação.
domingo, 17 de janeiro de 2010
Pernambuco e Alagoas: Das Vidas Secas de Graciliano até os gritos de LIBERDADE de um povo.
Chegamos em Nossa Senhora do Bom Conselho (Pernambuco), aqui já foi o Mocambo do negro Papacaça (saiba mais no
O povo é muito alegre. Risos, conversas e música alta animam as ruas da cidade. A cidade está na divisa entre Alagoas e Pernambuco.
Aproveitamos para conhecer a Feira de Caruaru, tem tudo lá. Tudo mesmo! Imagine alguma coisa: tem lá. Não se pode passar pela vida sem ir até lá. Os cordéis são um charme e tantos que não dá para resistir.
Em Alagoas visitamos a cidade de Palmeiras dos Índios. Minha busca na cidade foi por Graciliano Ramos, e lá está ele em cada esquina da cidade. O escritor foi prefeito desta cidade tão charmosa e imagino o quanto ele deve ter se inspirado por aquelas ruas e praças (saiba mais sobre a cidade no http://www.palmeiradosindios.al.gov.br/).
Existe na cidade a Casa de Graciliano Ramos, eles conservam objetos pessoais de Graciliano e pertences do mundo sertanejo. Vale a visita e emociona observar suas canetas, máquina de escrever, os pijamas com os quais foi fotografado e saber um pouco mais sobre sua vida e a escolha definitiva entre a Literatura e a Política.
Imagens da vida do escritor.
Entrada da cidade que não esquece suas origens e seu passado.
Os engenhos cantados por Zé Ramalho, modernizados. Acampamento dos sem-terras. Muitos acampamentos pelo caminho. Caminhos sobre os quais ainda escreverei.
As instalações criadas no quilombo nos ajudam a imaginar como era a vida no local e viajar pela história. Em cada instalação há a narração dos elementos do cotidiano da época (nas vozes de artistas negros).
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Na Bahia de tantos povos...
Quando estamos na divisa entre Minas Gerais e Bahia não conseguimos ter a plena certeza se estamos lá ou cá, a paisagem mineira repleta das grandes pedras (como se diz por lá) vai aos poucos cedendo para uma paisagem discretamente mais plana e o sotaque mineiro para um falar mais gingado e feiticeiro, sedutor, de uma gente que faz troça da tristeza. A alegria é marca registrada por aqui, mesmo diante das dificuldades, da seca sertaneja, das casas solitárias em quadrantes de terra com pouco movimento. Há muitas Bahias: aquela que vemos na televisão, aquela dos carnavais, aquela das festas religiosas, aquela de Jorge Amado, aquela dos filhos de Dona Canô sempre em Santo Amaro.
Eu escolhi a das fotos abaixo:
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Do Vale do Paraíba ao Vale do Jequitinhonha e daí para o Nordeste...
Do Vale do Paraíba para o Nordeste venho apreciando as plantações no caminho.
Há muitas pedras no caminho, no caminho há as mais belas pedras que já vi, são imensas, não tentem imaginar a dimensão, será pouco. Perdemos o fôlego.
Continua...
Sônia Gabriel