sexta-feira, 29 de junho de 2012

Eugenianas...





Minha paixão por janelas e portas é antiga e pública. No casarão da Rua São Geraldo, onde Eugênia Sereno escreveu seu O Pássaro da Escuridão, há uma janela... Sob olhar de Fábio Ramos (autor da foto). 


Avis-rara e Eugênia Sereno

  
   O Instituto Ecocultura esteve, hoje, em São Paulo, no SESC Carmo, para relato da experiência com a vivência Avis-rara, realizada inicialmente, em 2010, no SESC - São José dos Campos (mais informações em http://ecoculturainstituto.blogspot.com.br/2011/11/projeto-avis-rara-sesc.html ).



     O convite foi feito por Sílvia Hirao que nos recebeu com muita delicadeza e profissionalismo. Conhecemos o trabalho do Coletivo Mapa Xilográfico (ver em  http://mapaxilografico.blogspot.com.br/ ) e ficamos muito impressionados. Trocamos informações, saberes e tenho certeza que poderemos aprender muito mais.



     Missão cumprida, fomos almoçar no restaurante Salsa e Cebolinha na Rua São Geraldo, nº 90, divisa entre os bairros da Barra Funda e Perdizes. Mas, lá a missão também foi muito especial. Entreguei o livro Eugênia Sereno: A Menina dos Vagalumes para Darci e Miguel, proprietários do restaurante que está no casarão em que a escritora Eugênia Sereno escreveu o livro O Pássaro da Escuridão, e, viveu por mais de quatro décadas. Fiquei muito feliz em revê-los, foi muito emocionante.

     Agradeço ao Fábio e Pércila por todo o aprendizado e amizade.
     Paz e bem!





Voltaremos com mais tempo para a conversa sempre boa com Darci e Miguel.
Sônia Gabriel



quinta-feira, 28 de junho de 2012

Fotos do Vale do Paraíba 2


Meus caros amigos, valeu a companhia de vocês por estas velhas fotos que postei. Foram anos de pesquisa. Cada imagem representa um pouco do aprendizado que venho adquirindo sobre o Vale do Paraíba. Quando comecei a organizar este material, imaginava deletar algumas, rasgar e jogar fora outras, mas que nada... Não tive coragem! Ainda não acabei de arrumar tudo, mas terei que dar um tempo. Muito trabalho, por aqui. Quando retomar esta arrumação, conto com a companhia de todos para viajarem comigo nestas imagens amadoras, sem retoques, tão minhas, de tudo o que vi até aqui. Por hora, encerro esta fase inicial com uma foto muito especial pra mim. Entrevista com Antonio Prata, em 2005. Quantas boas histórias. Sempre grata... Paz e bem! Sônia Gabriel



Quem quiser conferir as fotografias, faça um passeio pelo:



domingo, 24 de junho de 2012

Vídeo do Sarau Elas por Eles - 2011


Pércila Márcia, não resisti! 
Acabei de assistir o vídeo do Sarau: Elas por Eles - 2011 e fiquei emocionada. Vivi novamente toda aquela emoção. Paulo Barja, Braga Barros, Sílvio Ferreira Leite, Roberval Rodolfo, Wallace Puosso e Zenilda Lua, vocês estão todos maravilhosos. Me levaram àquela noite dedicada totalmente para Dyrce Araújo, Thereza Maia, Ruth Capistrano, Ruth Guimarães e Dona Lili Figureira. Gente, que bom conviver com cada um de vocês. Vamos começar as entregas assim que for possível. Segura curiosidade! Pér e Fabio Ramos, vocês são muito talentosos! Paz e bem!

Sônia Gabriel


Coluna Crônica Jornal de Caçapava: Fantasma da Alcova.

          
      (Jornal de Caçapava, 15 de junho de 2012.)      
      

As antigas fazendas de café do período imperial brasileiro eram muito opulentas e demonstravam todo o poder de seus donos, os Barões do Café. Homens ricos e poderosos tinham autoridade sobre seus negócios, seus escravos e suas famílias tanto quanto sobre suas terras. As casas eram construídas de modo a acolher a família e os visitantes. Cômodos grandes e confortáveis eram decorados com mobília de madeira boa e objetos vindos da corte, no Rio de Janeiro, e da Europa. A Fazenda Coqueiros, em Bananal – SP, tinha até mesmo banheiro dentro de casa, cofre do tamanho de um quarto de dormir e organizado acesso à água. Os cômodos que, no entanto, chamam mais atenção são as alcovas.
Dentro de uma delas, há o fantasma de uma antiga moradora. Dizem que era uma moça que enlouquecera e por isso passava a maior parte do tempo nesta acomodação.  As alcovas eram quartos sem janelas, preservava-se assim a pureza das moças de indesejáveis visitantes. Em algumas fazendas chegava-se a estratégia de serem trancadas apenas por fora, desta maneira fossem as jovens da casa ou os visitantes, principalmente tropeiros costumeiros, que pernoitassem, apenas na manhã seguinte poderiam sair, assim que o Barão mandasse abrir as portas. Para o conforto dos ocupantes, na alcova costumavam ter vasilhas com água, toalhas, urinóis e grades acima da porta para entrada de ar.
Velhas e boas histórias.

Sônia Gabriel


II FLIT - Feira Literária Infantil de Taubaté 2012


Caros amigos, estou muito honrada com o convite para participar da II FLIT, Feira Literária Infantil de Taubaté-SP. Conto com a presença de vocês, dia 30 de junho, sábado, a partir das 11:00. Vamos confraternizar nossas histórias.




Paz e bem!

Até lá...
Sônia Gabriel

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Saudade daqueles dias em Paris...



          Saudade daqueles dias em que caminhamos (literalmente) tanto por cantos recôncavos e sutis de Paris. Naquelas ruas, esquinas, vielas pouco visitadas o que aprendi, vi e senti ainda me confunde e persegue. As linhas ainda não deram conta. Espero pela maturidade da escrita. As anotações envelhecem junto ao papel, mas ainda não é o momento. Por hora, um bom dia de Paris...

Sônia Gabriel


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Coluna Crônica Jornal de Caçapava: O tesouro enterrado.




(Jornal de Caçapava, 08 de junho de 2012.)

     Em Arapeí, é só andar um pouco pelas ruas que já se ouve este caso. Diz o povo à boca miúda, baixinho, que na fazenda Monte Alegre havia um tesouro enterrado. E sempre tem um destemido em busca da fácil fortuna, mas essa, pelo jeito, não tinha nada de fácil.

     Uma turma de homens da cidade resolveu enfrentar a empreitada e saíram na calada da noite para procurar o tesouro. Descobrindo o exato lugar, começaram a cavar e, de repente, começaram a apanhar, tomaram uma surra sem precedente em suas vidas, apanhavam, mas não conseguiam ver quem batia. Correram apavorados do lugar e devem nunca mais ter passado por perto. Há quem diga que apanharam do fantasma do escravo que tomava conta do tesouro. É sabido que, quando os antigos barões do café e fazendeiros da região enterravam algum tesouro, colocavam um escravo para cavar, enterrar e depois o matavam e o enterravam junto ao tesouro para que ninguém ficasse sabendo o local do segredo.

     Em se tratando de tesouros, há ainda muito o que descobrir e contar neste Vale do rio Paraíba do Sul.

Sônia Gabriel


terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos Namorados - 2012


Você e eu num dia dos namorados...

(...) E o que tem tudo isso a ver com os homens?
Foi no abraço de um deles, sob sua expressão séria e o torto olhar de quem respira uma alegria de cada vez, foi ali, no silêncio de seus olhos negros e transparentes, que voei pela primeira vez sem precisar meus olhos fechar, é ali meu heliponto, meu lugar.

Sônia Gabriel

Sobre Asas e Homens
Jornal O Vale, 10 de julho de 2008 


terça-feira, 5 de junho de 2012

Coluna Crônica Jornal de Caçapava: Causos do Bairro dos Marins.

        
     (Jornal de Caçapava, 01 de junho de 2012.)



Subindo para o Bairro dos Marins, vindos do centro da cidade de Piquete, vamos assistindo a paisagem se tornar cada vez mais verde, mais rural e mais íntima. Em 2005, estive na residência do senhor Lucas Rodrigues. Comunicativo e apaixonado construiu, no amplo quintal de sua casa, o Cantinho Histórico dos Marins. Só visitando para entender o intento.
Bom de prosa, o anfitrião, após nos apresentar seu museu, contou histórias que valeram o registro, numa delas teve a parceria de sua irmã Maria Aparecida. É um causo mais ou menos assim...
Dona Maria Aparecida Rodrigues tinha sete anos e uma irmã com uma filha ainda novinha (a irmã estava de resguardo). Havia na família de dona Cida a tradição de se guardar o dia de Santa Luzia, a protetora da saúde dos olhos, dia 13 de dezembro. A tradição foi iniciada pela mãe de dona Cida, por uma graça alcançada, e nesta data evitava-se trabalhar. Era para oração, descanso e homenagem à Santa.  Contrariando a tradição, as irmãs resolveram visitar uma parenta bem no dia de Santa Luzia!
Para chegar à casa da tal parenta, tiveram que atravessar um córrego.  A morada era muito ruim, uma tapera mesmo, segundo o relato de dona Cida. Contavam os moradores do lugar que no local sempre aparecia assombração. As duas irmãs foram convidadas para dormir na casa e comprovar os rumores. Dona Cida conta que não queria ficar, pois tinha muito medo, mas resolveu esperar para acompanhar a irmã na volta.
A dona da casa começou a lavar algumas roupas que estavam sujas e as visitas comentaram sobre guardar o dia de Santa Luzia. A esta altura, o dono da casa teria debochado da preocupação das visitantes. Chegando a noitinha, acenderam a lamparina e foram passar as roupas com ferro à brasa. Neste momento, ouviram um barulho como se alguém tivesse pulado no quarto. As mulheres ficaram assustadas e pensaram que poderia ter sido o cachorro. De repente, um clarão na direção do quarto. Ninguém sabia o que era. Nisso, a lamparina apagou-se e elas escutaram uma pessoa andando pela casa, a roupa encostando-se aos móveis e sentiram um vulto debruçar sobre elas. Gritaram, mas nem o dono da casa, que estava dormindo, acordou. Não conseguiram nem rezar, tamanho era o pavor.
A sensação que ficou em dona Cida foi de que a assombração era gelada. Aos poucos, o vulto foi voltando na mesma direção que havia entrado. As três se arrastaram até o quarto e conseguiram acordar o homem. Acenderam novamente a lamparina. Nem pensaram, mesmo com o ribeirão cheio e com chuva, saíram pela região até voltar para casa, cheias de barro. Foi de arrepiar.
Desmancharam a casa, repleta de assombrações, faz uns sessenta anos. Dona Cida ainda está lá, firme e forte para contar.

Sônia Gabriel




Cantinho Histórico dos Marins, construído pelo senhor Lucas Rodrigues.


Abram-se as janelas



      Que se abram TODAS as janelas da vida. Nem que seja um cadinho só. Nenhuma janela fechada, apenas se valer velar os que se veem sob sua resistência.


Tesouros do Vale do Paraíba - São José dos Campos (SP). Complexo Vicentina Aranha, detalhe.
Olhar amador da Sônia Gabriel. 



domingo, 3 de junho de 2012

Escambo 70


Gente, que ESCAMBO disputado e o mais legal, generoso! Quem levou foi Andréa Mourão. Não vou contar a delicadeza, leiam em nossos comentários. Até o próximo!
Paz e bem!