domingo, 17 de janeiro de 2010

Pernambuco e Alagoas: Das Vidas Secas de Graciliano até os gritos de LIBERDADE de um povo.


Chegamos em Nossa Senhora do Bom Conselho (Pernambuco), aqui já foi o Mocambo do negro Papacaça (saiba mais no
http://www.bomconselhopapacaca.com.br/1.html) A cidade é muito bonita, conserva o colégio e convento dos jesuítas e as missas são muito impactantes. Os paus-de-arara estão sempre na praça, assim os sertanejos vão para a cidade e voltam para suas roças. Outros têm suas próprias conduções.

O povo é muito alegre. Risos, conversas e música alta animam as ruas da cidade. A cidade está na divisa entre Alagoas e Pernambuco.

Aproveitamos para conhecer a Feira de Caruaru, tem tudo lá. Tudo mesmo! Imagine alguma coisa: tem lá. Não se pode passar pela vida sem ir até lá. Os cordéis são um charme e tantos que não dá para resistir.

Em Alagoas visitamos a cidade de Palmeiras dos Índios. Minha busca na cidade foi por Graciliano Ramos, e lá está ele em cada esquina da cidade. O escritor foi prefeito desta cidade tão charmosa e imagino o quanto ele deve ter se inspirado por aquelas ruas e praças (saiba mais sobre a cidade no http://www.palmeiradosindios.al.gov.br/).

Existe na cidade a Casa de Graciliano Ramos, eles conservam objetos pessoais de Graciliano e pertences do mundo sertanejo. Vale a visita e emociona observar suas canetas, máquina de escrever, os pijamas com os quais foi fotografado e saber um pouco mais sobre sua vida e a escolha definitiva entre a Literatura e a Política.


Imagens da vida do escritor.
Casa de Graciliano Ramos.
Vista da região central de Palmeiras dos Índios.

Entrada da cidade que não esquece suas origens e seu passado.

Os engenhos cantados por Zé Ramalho, modernizados. Acampamento dos sem-terras. Muitos acampamentos pelo caminho. Caminhos sobre os quais ainda escreverei.
Em busca do Quilombo dos Palmares.
Até a Serra da Barriga, o caminho é repleto de moradias singelas de descendentes de um povo que clamou e guerreou por LIBERDADE.
Entrada para o caminho que leva ao local onde existiu o quilombo.

As instalações criadas no quilombo nos ajudam a imaginar como era a vida no local e viajar pela história. Em cada instalação há a narração dos elementos do cotidiano da época (nas vozes de artistas negros).


É no colo que se aprende o sentido da vida e valorizar a liberdade é um dos mais importantes elementos deste SENTIDO.

Vista a partir do quilombo.

Vista do mirante. Casa de farinha.

O local está bem organizado e lá tem moradores que ajudam como guias. Os pomares são maravilhosos.
Eles pisaram onde pisaram pessoas de muito valor, um povo que escreveu sua própria história, viveu e morreu por ela. Não apenas fez figuração.
Continua...

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Sônia

Ainda viajo um dia com você!!!!! Aliás, acho que cada e-mail seu é uma viagem para mim ...Dê uma olhadinha na foto anexa e advinha onde é ...
Ana Maria